Descrição: Par de potes com tampa, em forma de balaústre, de porcelana branca decorada com esmaltes policromos sobre o vidrado, inspirada na porcelana chinesa "Família Rosa" da Companhia das Índias, reinado Qianlong (1736-1795). O bojo tem decoração assimétrica de peónias cor-de-rosa, romãs, outros frutos e flores a amarelo, verde e azul e, no outro lado, um casal de fenghuang (fénix chinesa) pousado sobre rochas. Cercadura ondulada junto ao colo com duplo filete azul. O colo, curto, é decorado por pequenos ramos florais.
A tampa, de encaixe, é em forma de cúpula com pega em formato de botão bicudo. Decorado por reservas recortadas em forma de cabeça de ruyi preenchidas com flores, em esmaltes idênticos aos do pote.
As cores das penas da fenghuang simbolizam cinco virtudes cardeais: azul esverdeado a amizade, amarelo a honestidade, vermelho a verdade, branco a fidelidade, e preto a caridade. Virtudes que, segundo a lenda, Buda, em meditação, terá recebido de uma fénix a qual ainda o terá protegido dos demónios sob as suas asas.
Marca na base «V.A./Portugal», verde mufla a carimbo (marca n.º 31 da Fábrica da Vista Alegre utilizada no período 1924-1947).
Um par idêntico participou na exposição do Centenário da Vista Alegre no Museu Nacional de Arte Antiga (A Fábrica da Vista Alegre. O Livro do seu Centenário 1824 – 1924, pp. 169 e 171).