O Carlos do Fado (título do autor)

• Museu: Museu da Assembleia da República
• Nº de Inventário: MAR 4631
• Super Categoria: Arte
• Categoria: Gravura
• Autor: Júlio Pomar; (Pintor(a)) Jorge Bastos; (Gravador) Henrique Cayatte (Designer)
• Datação: 2008
• Suporte: Papel Fabriano
• Técnica: Serigrafia
• Dimensões (cm): Alt. 69,5 x Larg. 49,6
• Descrição: Serigrafia em papel rectangular, disposto na vertical, integrado em passe-partout. Composição pictórica figurativa e centralizada, com retrato masculino concebido em manchas largas de cor ocre rosada e amarelada, com feições acentuadas por traços negros, realçado em fundo abstracto de tonalidades avermelhadas. Retrato de homem de meia idade, representado apenas pela cabeça, de forma oval, com calvície muito avançada, escassos cabelos brancos concentrados acima das orelhas, olhos escuros, ovalados e curvados para baixo, nariz largo e curto, boca entreaberta simulando canto. (Trata-se do retrato do fadista Carlos do Carmo.) Inscrição a lápis, no canto inferior esquerdo: «3/45». Assinado a lápis, no canto inferior direito: «Pomar». Não datado. A serigrafia faz-se acompanhar de um poema da autoria do pintor Júlio Pomar, intitulado «O Calos do Fado»: «O CARLOS DO FADO Se vivo neste estadão ao fado o devo Dão-me razão as palmas que levo e até o jazz me deu já valor estamos em fase do maior rigor A minha mãe foi das vozes reais que do fado houve deu-me Deus dentes e nozes e como lhe aprouve Estudei fui edicado até andei no liceu O meu pai tinha de seu uma casa de fado A sorte passou-me ao pé bateu à minha vidraça «serás fadista p'la graça de Deus e não do cach'mé» Canto do fado a saudade entre linhas de prazer o sentimento de ser Um homem na cidade Graças dou a Deus Senhor e à Judite por sinal três pitadinhas de sal tempero do meu amor o qual num desassossego amandoupróinferno umas todas no meu ego e pediu ao Padre Eterno que no cais não haja lodo eu nisso fiz muito gosto e com muita convicção quando ao fado me dei todo Este puto ai este puto ai este puto este puto Pomar 29 de Novembro de 2008» A serigrafia e o poema estão integrados numa capa protectora com laços. Na frente desta lê-se: «4 O CARLOS DO FADO HOMENAGEM PELOS 45 ANOS DE CARREIRA RETRATO E LETRA DE JÚLIO POMAR 5» No verso da capa lê-se: «4 O CARLOS DO FADO HOMENAGEM PELOS 45 ANOS DE CARREIRA RETRATO E LETRA DE JÚLIO POMAR Desta serigrafia e poema se fizeram quarenta e cinco exemplares numerados e assinados por Júlio Pomar a propósito da comemoração dos 45 anos de carreira de Carlos do Carmo. As serigrafias foram realizadas por Jorge Bastos e o design por Henrique Cayatte. 29 de Novembro de 2008 Edição da Câmara Municipal de Lisboa 5»
• Origem/Historial: Trata-se do terceiro exemplar de uma série concebida em exclusivo para a Câmara Municipal de Lisboa, com tiragem de 45.
• Incorporação: Oferta ao PAR.