Historial: Em 1934 foi constituída uma Comissão para definir o número, os temas e o autor das estátuas que deveriam figurar na arcaria do corpo central da fachada principal. Aquele órgão decidiu que seriam 6 alegorias, representariam as Colónias, a Navegação, a Indústria, a Agricultura, o Comércio e a Instrução, e seriam concebidas por Francisco Franco. No entanto, o artista convidado contestou as temáticas e contrapôs, num primeiro momento, que aludissem à Prudência, à Justiça, ao Trabalho, à Paz, à Fortaleza e à Temperança. Mais tarde, após reunião com o Ministro das Obras Públicas e Comunicações e com o Director Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, sugeriu a substituição das alegorias ao Trabalho e à Paz pelas alegorias ao Império e ao Estado Corporativo.*
As primeiras maquetas destas obras foram concebidas por Francisco Franco e executadas por diversos artistas, tendo estado expostas in loco na Cerimónia de Abertura da Assembleia Nacional e da Câmara Corporativa (vide campo «Multimédia»; vide também Diário de Notícias, 05-04-1935, Diário da Manhã, 08-09-1934, Diário de Notícias, 07-12-1934, Diário de Notícias, 08-01-1935, O Século, 11-01-1935).
Em 1937, a Comissão responsável pelo processo entendeu que a passagem das maquetas de gesso para a versão definitiva em pedra requeria adaptações aos modelos e incumbiu os artistas de apresentarem novas propostas para os mesmos temas, exceptuando o Império e o Estado Corporativo (vide imagens destas duas obras no campo «Doc. associada». Vide também Diário de Notícias, 6-11-1938).
* Informações constantes da documentação descoberta por Cátia Mourão no arquivo da DGEMN (ED 125 / PT 19 / DSARH / Palácio de São Bento).
Descrição: Conjunto de 4 estátuas alegóricas femininas em pedra lioz, de vulto pleno e grandes dimensões, colocadas na arcaria do corpo central da fachada principal do Palácio de São Bento, representando, respectivamente, a Prudência, a Justiça, a Força (ou Fortaleza) e a Temperança.