Descrição: Estátua esculpida em pedra lioz, com execução volumétrica completa (vulto pleno), assente sobre base e plinto do mesmo material, representando figura feminina (Justiça) adulta, vista de corpo inteiro, sentada e elevada sobre um plinto que funciona como pedestal. Olha em frente, tem expressão serena, o cabelo apartado ao meio e solto em canudos largos até ao colo do pescoço, a cabeça coberta por chapéu de jurista, veste beca de magistrado coberta por capa de juíz-conselheiro e calça sandálias de tipo romano (parcialmente visível a do pé direito, mais avançado, sob a capa). Tem o braço direito avançado sobre o colo, segura uma balança com a respectiva mão sobre a perna direita e, com a mão oposta, agarra uma espada com punho em voluta e lâmina biselada.
Não assinado e não datado.
Origem/Historial: A primeira maqueta desta obra foi concebida por Francisco Franco e executada por Maximiano Alves, tendo estado exposta na arcaria do corpo central da fachada principal, juntamente com outras do conjunto, na Cerimónia de Abertura da Assembleia Nacional e da Câmara Corporativa (vide Diário de Notícias, 05-04-1935, Diário da Manhã, 08-09-1934, Diário de Notícias, 07-12-1934, Diário de Notícias, 08-01-1935, O Século, 11-01-1935).
Em 1937 a Comissão de Belas Artes entendeu que a passagem das maquetas de gesso para a versão definitiva em pedra requeria adaptações aos modelos e incumbiu os artistas de apresentarem novas propostas para os mesmos temas. Assim, no caso concreto da alegoria à Justiça, foi Maximiano Alves quem a repensou e executou em lioz (vide Diário de Notícias, 6-11-1938).
Incorporação: Encomenda ao autor
Bibliografia
F., PAMPLONA - Diccionário de Pintores e Escultores Portugueses.