Historial: Embora o projeto arquitetónico de Miguel Ventura Terra para o Hemiciclo já contemplasse a existência de imagens alegóricas, preferencialmente a executar em mármore, em 1903 a sala foi inaugurada ainda sem estes elementos, cuja temática e materiais só foram decididos em 1920 e a sua distribuição indicada pelo arquiteto Adolfo Marques da Silva.
As estátuas foram concebidas por escultores seleccionados para o efeito pela Sociedade Nacional de Belas Artes. Os artistas escolhidos submeteram as maquetas para as obras finais a um júri nomeado pela Comissão Administrativa do Congresso da República e constituído por Álvaro Xavier de Castro (Deputado, Presidente e Secretário da Comissão), José Maria da Silva Pessanha (Deputado e representante do Conselho de Arte e Arqueologia), José de Figueiredo (Director do Museu de Arte Antiga), Armando de Lucena (Director da Sociedade Nacional de Belas Artes) e Adolfo António Marques da Silva (arquitecto então responsável pelas obras do Palácio do Congresso da República).
Descrição: Conjunto formado por 7 estátuas femininas de corpo inteiro e togadas, concebidas em gesso, dispostas ao longo do primeiro nível de tribunas da Sala das Sessões dos Deputados. Identificadas por inscrições nos plintos, simbolizam, da esquerda para a direita: a Constituição (por José Simões de Almeida, sobrinho), a Lei (por Francisco dos Santos), a Jurisprudência (por António Augusto da Costa Mota, tio), a Eloquência (por Júlio Alves de Sousa Vaz Júnior), a Justiça (por António Augusto da Costa Mota, sobrinho) e a Diplomacia (por Maximiano Alves).